Fundado em 25 de março de 1922, reorganizado no início dos anos 1960, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um partido marxista-leninista, ou seja, baseia-se no socialismo científico fundado pelos pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvido por Vladimir I. Lênin, principal líder e ideólogo da Revolução Soviética de Outubro de 1917 na Rússia, e outros revolucionários marxistas.
O PCdoB organiza-se conforme os princípios do centralismo democrático, nos marcos do “Partido de novo tipo”, defendido por Lênin. Mas, ao passo que o Partido preserva sua identidade comunista e centenária, tem a permanente capacidade de se renovar, desenvolver a teoria revolucionária no chão da realidade nacional e apontar perspectivas para o caminho brasileiro rumo ao socialismo, neste século 21.
Como é possível aferir no capítulo 1 do Estatuto, o PCdoB é o partido da classe operária e do conjunto dos trabalhadores brasileiros, fiel representante do povo trabalhador e da nação. Organização de caráter socialista, patriótica e anti-imperialista.
Em seu Programa Socialista, cujo lema é “O fortalecimento da Nação é o caminho — o socialismo é o rumo!”, o PCdoB luta em defesa da aplicação do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento (NPND), com um conjunto de transformações estruturais como tarefas necessárias à superação dos entraves que barram a abertura do caminho à tomada do poder político pelo proletariado, a libertação do Brasil e a ulterior construção do socialismo.
Partido centenário
“É o mais antigo partido em funcionamento no cenário político brasileiro e, ao mesmo tempo, o mais jovem do ponto de vista de sua composição social e de suas ideias”, salientou o então presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, em apresentação do livro ‘PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da democracia e do socialismo’, em 2013.
Rabelo também lembrou que o PCdoB “atravessou todo esse tempo em meio a grandes vicissitudes, enfrentando a violência das classes dominantes, mas nunca deixou de reafirmar seus fundamentos ideológicos”. Neste processo, pôde formular “uma linha básica coerente, depois de variado aprendizado, que o tornou vivo e atual”.
Em 2023, o PCdoB completou 101 anos de fundação, protagonizada pelo barbeiro Abílio de Nequete, o jornalista Astrojildo Pereira, os funcionários públicos Cristiano Cordeiro e José Elias da Silva, o eletricista Homogêneo da Silva, o gráfico João da Costa Pimenta, o operário vassoureiro Luís Peres e os alfaiates Joaquim Barbosa e Manuel Cendón;
E contava, 40 anos depois, com lideranças como João Amazonas, Maurício Grabois, que dá nome à Fundação partidária de estudos do pensamento marxista, nacional-desenvolvimentista e progressista, Pedro Pomar, Carlos Danielli, Ângelo Arroyo, Lincoln Oest, José Duarte e Elza Monnerat, que garantiram a continuidade do Partido na trilha revolucionária. No decorrer das décadas seguintes, foram se somando diversas lideranças, com a incorporação da Ação Popular Marxista-Leninista e, mais recentemente, a união com o Partido Pátria Livre (PPL), sucessor do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), de Cláudio Campos e Sérgio Rubens de Araújo Torres, importante corrente patriótica, marxista e revolucionária, enriquecendo ainda mais a atuação do PCdoB.
Defesa da democracia, dos direitos do povo e luta contra a extrema-direita
As sucessivas vitórias eleitorais do campo democrático-popular em 2002 e 2006, com Lula na Presidência, e 2010 e 2014, com Dilma Rousseff, ofereceram importantes oportunidades de avanço das lutas do povo trabalhador. No entanto, os ataques do grande capital se intensificaram. Em 2016 Dilma foi deposta e substituída por seu vice Michel Temer, que concluiu as malditas reformas trabalhista e da Previdência e estabeleceu a ultraliberal “ponte para o futuro”, que pavimentou a estrada até as trevas do bolsonarismo.
Com abnegação, as forças democráticas derrotaram o governo do neofascista Jair Bolsonaro, com Lula à testa de amplo leque de forças nacionais e a contribuição decisiva do PCdoB que, desde o retrocesso de 2016, já apontava para a importância da formação de ampla frente social e política em defesa da democracia e das conquistas sociais do povo brasileiro.
A vitória de Lula e da Frente Ampla em 2022 abriu uma nova e valiosa oportunidade para as lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras e a reconstrução do Brasil após anos de destruição dos nossos direitos e a piora das condições de vida. As novas tecnologias sob controle dos capitalistas precarizaram ainda mais o trabalho e as condições de vida do povo, o que torna as bandeiras do PCdoB atuais e fundamentais.
Revigoramento partidário e reconstrução nacional
Hoje, no processo da 21ª Conferência do PCdoB, a ampliação da atuação dos comunistas junto aos trabalhadores está em debate, com o objetivo de fortalecer a organização interna e traçar os caminhos para o revigoramento partidário, tendo como objetivo a luta pelo êxito do Governo Lula na aplicação do seu programa de reconstrução do País.
Em todo canto, o PCdoB afirma que urge fortalecer a unidade e mobilização para recuperar direitos perdidos, lutar pela democracia, por uma reforma tributária justa e pela valorização do trabalho, criação de empregos, a defesa dos serviços públicos, o fortalecimento do SUS, o fomento à industrialização, combinada com investimento público em Ciência, Tecnologia e Inovação. Note-se que a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, vem realizando trabalho essencial na condução da pasta.
Em resumo, a luta é para reverter o desmonte do papel do Estado na economia, impulsionando o desenvolvimento soberano, ao lado de políticas públicas (Educação, Cultura, Meio Ambiente, Infraestrutura, etc) que melhorem a vida do povo e contribuam para a valorização do trabalho e na luta pela emancipação das mulheres, no combate ao racismo estrutural e todas as formas de opressão e preconceito, entre outras medidas urgentes e necessárias. Em um mundo de paz e progresso para a humanidade, ambientalmente sustentável.
Oposição em SP
Em São Paulo, somos oposição ao Governo Tarcísio de Freitas, que pretende vender o patrimônio público do povo paulista, cujo resultado é hoje bem conhecido no caso do apagão da privatizada Enel. Somos linha de frente contra as privatizações da Sabesp, dos trens (CPTM) e do Metrô.
O PCdoB luta para que SP enfim aproveite seu potencial imenso com um projeto de desenvolvimento nítido e com perspectiva, superando as máculas neoliberais de entrega do patrimônio público e desprezo pelas políticas sociais deixadas pelo PSDB nas últimas décadas. Postura levada ao extremo pelo atual Governo do Estado.
Quem é o Partido?
O PCdoB é o partido do povo brasileiro, seus trabalhadores, empregados, aposentados ou não, estudantes e todos os segmentos sociais comprometidos em romper com a dependência do Brasil, nas cidades e no campo, entre eles as mulheres, a população negra, os LGBTQIAP+ e a juventude.
Juventude que conta para sua formação com duas organizações comunistas: a União da Juventude Socialista e a Juventude Pátria Livre.
Fica o convite para você se somar na luta pela libertação da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Nós temos história, presente e futuro de luta de classe em São Paulo e no Brasil!